domingo, 21 de novembro de 2010

Outros Sonhos

Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
Sonhei que ela corava
Quando me via
Sonhei que ao meio-dia
Havia intenso luar
E o povo se embevecia
Se empetecava João
Se emperiquitava Maria
Doentes do coração
Dançavam na enfermaria
E a beleza não fenecia

Belo e sereno era o som
Que lá no morro se ouvia
Eu sei que o sonho era bom
Porque ela sorria
Até quando chovia
Guris inertes no chão
Falavam de astronomia
E me jurava o diabo
Que Deus existia
De mão em mão o ladrão
Relógios distribuía
E a polícia já não batia

De noite raiava o sol
Que todo mundo aplaudia
Maconha só se comprava
Na tabacaria
Drogas na drogaria
Um passarinho espanhol
Cantava esta melodia
E com sotaque esta letra
De sua autoria

Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
E por sonhar o impossível, ai
Sonhei que tu me querias

Soñé que el fuego heló
Soñé que la nieve ardía
Y por soñar lo imposible, ay, ay
Soñé que me querías

Chico Buarque

Os versos "Maconha só se comprava/ Na tabacaria / Drogas na drogaria" da canção Outros Sonhos (2006), entendidos como uma critica à ineficiência da politica de combate às drogas, gerou polêmica. Sem fugir do assunto, ele (Chico) diz à CartaCapital de 10-5-2006:

Acho tão inócuo culpar o consumidor ou pedir que ele se abstenha de consumir droga quanto o papa ou o Bush proporem a abstinência sexual como única alternativa para se prevenir contra a aids. A repressão policial também não produz resultados. É uma questão complicadíssima. Como é que se vai legalizar o comercio de drogas? Isso está sendo discutido em muitos outros lugares. No México, na Holanda... E aqui eu não vejo isso ser discutido. O problema não é levado a sério. Eu também não gosto de ficar pontificando. Não quero que a minha canção seja um hino, uma bandeira em defesa das drogas. Mas, de fato, eu acredito que é melhor legalizar as drogas. Traz menos danos à sociedade do que o tráfico. A tentativa de responsabilizar o consumidor é ingênua, mais ingênua que o sonho descrito na canção, que fala de maconha na tabacaria e das drogas na drogaria.

(Retirado do livro "Histórias de Canções Chico Buarque" de Wagner Homem)


Então, vamos satisfazer o Chico e discutir sobre a legalização, ou não, das drogas.

domingo, 14 de novembro de 2010

Artista da Semana

O Brasil é incrivelmente rico em questão musical, toda a nossa história é embalada pelas letras das canções. O mais incrível é o fato de que o Brasil faz questão de negar este passado musical.
O povo simplesmente se recusa a escutar bandas "antigas" que são realmente muito boas, principalmente as bandas "revolucionárias" dos anos 70, 80 e 90, além do sambainquestionavelmente importante para a formação da cultura atual. Nós resolvemos então, promover uma campanha: Durante a próxima semana passe a escutar bandas e cantores que fizeram sucesso, como Legião Urbana, Barão Vermelho, Gilberto Gil,Cazuza, Raul Seixas, Caetano Veloso, Tom Jobim, Os Mutantes, Paralamas do Sucesso, Titãs, Rita Lee, Elis Regina a lista é infinita! Queremos reviver este Brasilafogado na escuridão da ignorância do esquecimento!

Artista da semana: Planet Hemp


A democracia no Brasil

Começo este texto com a seguinte pergunta: você brasileiro, sabe exercer corretamente a democracia? Ou pensas que ir votar de dois em dois anos é exercer plenamente este seu direito? Consegues ver o que seu voto pode fazer pelo Brasil?
Existe uma grande discussão sobre o voto obrigatório e inúmeras opiniões sobre o assunto. Uns apóiam com o argumento da imaturidade do país e a sua falta de consciência para votar, o que sem dúvida pode ser levado em conta, pois o voto no Brasil pode se considerar banalizado desde seus primórdios até hoje. Outros discordam defendendo o voto facultativo com os argumentos de que o voto é um direito e não um dever e é adotado por todos os países desenvolvidos e de tradição democrática, o que também é de grande valia poder escolher se quer ou não exercer seu direito.
Mas será que o país tem uma “tradição democrática”?
Não, o Brasil não possui uma vasta tradição democrática tendo em mente que vivemos em uma democracia plena e temos uma constituição branda, há apenas vinte e dois anos. A história da democracia no Brasil é conturbada e difícil, podemos afirmar que o povo brasileiro não teve o incentivo democrático necessário, sendo o voto para homens que pudessem pagar por ele e para empregados levados como bodes ás urnas para votar de acordo com que era melhor para o seu patrão.
Outra barreira que potencializou esta “ausência de democracia” na sociedade foi a censura. Nosso país viveu duas ditaduras sendo a segunda de 1964 a 1985 a pior e mais longa delas, o militarismo impediu homens e mulheres (que já votavam) de exercerem não só o direito de voto, mas o de expressão uma das formas mais importantes de vivenciar democracia. Devemos ter vergonha da censura e orgulho de quem lutou contra ela, lutaram durante todo tempo e foram persistentes até conseguir uma redemocratização.
Mas será que na “calmaria” o povo esquece a tormenta? O país voltou a ser “democrático do jeito”, ganhou novos governantes, os três poderes foram fortalecidos garantindo o cumprimento da nossa atual constituição e a garantia dos direitos individuais. A urna eletrônica tornou o nosso sistema de votação o mais moderno do mundo. No entanto ainda carecemos de consciência política.
Esperamos que as soluções governamentais nos salvem, e resolvam todos os nossos problemas, mas isso não resolve tudo, cada um deve fazer a sua parte dentro de uma democracia.
E para quem pensa que democracia é apenas o voto se engana, sem dúvida, o seu voto é fundamental para a mudança, afinal você está escolhendo alguém para lhe representar, porém o voto é só a iniciação do processo de mudança. A democracia está em pequenos atos que na verdade são grandes, do seu dia a dia mesmo.
Ao discutir com o seu colega sobre um determinado assunto, onde as visões são diferentes vocês estão sim exercendo democracia, quando você busca saber o que estão fazendo por você na sua cidade, também. Ao exigir os seus direitos garantidos por lei e cumprindo os seus deveres sem pensar se o resto da sociedade está agindo assim também, certamente o todo social estará mudando, pois a sociedade só muda quando o individuo que vive nela muda.



Danielle Santos Dornelles

sábado, 13 de novembro de 2010

Votar ou não votar? Eis a questão.

O Brasil é um país democrático na teoria, mas na prática as coisas não funcionam muito bem. Uma prova disso é o voto obrigatório.

O voto obrigatório é uma máscara democrática, fazendo parecer que a democracia flui corretamente, fazendo parecer que somos totalmente democráticos. Na verdade a maioria das pessoas vota apenas pela obrigação mesmo, sem ter ao menos conhecimento dos candidatos e do ato de cidadania que está praticando.

Por sua vez, o voto facultativo acarretaria na perda de muitos votos, por isso não convém aos políticos brasileiros, pois a partir do momento em que o voto é mais conscientizado, boa parte dos políticos correria, sério risco de não se reelegerem.

Sendo, assim, para chegarmos mais perto de uma democracia exemplar, tanto com o voto obrigatório ou com o facultativo é necessário motivar os eleitores e conscientizá-los de que nosso futuro está em nossas mãos.

Por Eron Nascimento

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Politica Estética.

Se há no homem uma necessidade de se unir a grupos onde se tenha a mesma ideologia ou apenas que haja uma natural ligação de aparências, por que seria diferente com a política? E se esta se faz diferente qual o motivo deste? O que quero dizer é enquanto seres pensantes cabe-nos tomar decisões e enquanto seres sociáveis cabe a nós concluir o que melhor for definido.

No ano 1989 cerca de 86% da população possui televisão. E sendo esta o meio mais amplo de comunicação e transferência de informação tem lá a sua participação. As eleições passaram logo a se apoderar desse meio. Cabe destacar no mesmo ano a incrível batalha de argumentos entre Collor e Lula na qual aquele saiu vencedor. Ou seja, grande parte da população teve o privilegio, ou não, de assisti-lo. Sem querer apontar o dedo e sendo o menos idiossincrático possível, acredito que tenha acontecido uma influencia de poderes pela mídia, o que ficou altamente claro e nítido, mesmo sendo eu, alguém ausente ao fato.

Sendo o nosso sistema lépido, parece-nos ágil e produtivo, mas justamente por ser lépido, deixa a apreensão de se somos ou não, capazes de tê-lo sobre controle. Há na mídia o direito de liberdade, mas para poder ter acesso a ela necessita de que tenha dinheiro, ou seja, temos uma liberdade de expressão censitária. O que ainda mais transforma a política numa forma de encaixotar ideias para a venda... Acaba que o povo não tem direito de divulgar resposta.

Mas voltando á influencia da mídia, é impossível que essa se torne imparcial, e fique em cima do muro, até por que os agentes midiáticos possuem suas próprias visões e opiniões. Bom seria se esta ou aquela opinião tivesse um alicerce em cada imprensa, formaria algo mais democrático. Porem isso é totalmente absurdo, se vermos que a nossa liberdade é censitária, e essa ou aquela opinião “menor” será esmagada, sem nenhuma igualdade. Viso de exemplo, os debates, onde uma emissora divulga a discussão, tornando o acesso das outras invalido, se tornando parcial... Não seria a solução que o fosse dever do estado promover discussões eleitorais de acesso para todas as emissoras? Não. Até porque o governo não é parcial.

Sendo de minha responsabilidade falar da propaganda, falarei.
Não vejo nesse sistema democrático, raiz suficiente para se estabelecer uma população capaz e diretora da própria opinião. Acaba que sendo dominada de influencias estéticas, se vendem as melhores propagandas, e não os melhores produtos. Claro, cada produto é melhor na visão de cada um, mas se não se tem uma propaganda, acaba se parecendo algo de má qualidade, mesmo nunca sendo testado. Ou seja, é inevitável que haja propagandas. E isso não é valoroso. Solução, não acho, alias, ainda não sei o problema. O problema não esta na propaganda e sim, na falta de igualdade dentre as influencias dos grupos. Enquanto não houver uma conscientização política, ética e social, que atraia o povo de seu poder político, e ao governo, enquanto os eleitores forem apenas eleitores, e somente durante as eleições se fizerem cidadãos, não há como a sociedade ser livre, fraterna e igualitária.
Ao passo que a democracia amadurece, o governo se modifica, aquilo que posso citar da mídia, que vem sendo útil (Seja ou não, outra forma de marketing), são as campanhas governamentais.

Victor Anselmo Costa

domingo, 7 de novembro de 2010

Artista da Semana

O Brasil é incrivelmente rico em questão musical, toda a nossa história é embalada pelas letras das canções. O mais incrível é o fato de que o Brasil faz questão de negar este passado musical.
O povo simplesmente se recusa a escutar bandas "antigas" que são realmente muito boas, principalmente as bandas "revolucionárias" dos anos 70, 80 e 90, além do sambainquestionavelmente importante para a formação da cultura atual. Nós resolvemos então, promover uma campanha: Durante a próxima semana passe a escutar bandas e cantores que fizeram sucesso, como Legião Urbana, Barão Vermelho, Gilberto Gil,Cazuza, Raul Seixas, Caetano Veloso, Tom Jobim, Os Mutantes, Paralamas do Sucesso, Titãs, Rita Lee, Elis Regina a lista é infinita! Queremos reviver este Brasilafogado na escuridão da ignorância do esquecimento!

Artista da semana: Jorge Ben Jor

Pense, logo exista

Ao longo dos tempos, passaram por este mundo várias mentes brilhantes, como físicos, matemáticos, filósofos, jornalistas, músicos, políticos, gurrilheiros e tudo mais. Buscando reconhecer as obras desses gênios, foi criado neste blog um espaço, que resgatará, pensamentos e pensadores ilustres que se perderam no tempo, ou que simplesmente não são valorizados e lembrados hoje em dia. Pois fique sabendo que se não fosse por muitos deles, a sociedade não estaria tão evoluída o quanto é hoje.

Em cada mês será selecionado um pensador e a cada semana serão abordados temas, como: um resumo da vida, grandes frases, trabalhos, teorias, mitos e até mesmo possíveis conspirações sobre o respectivo escolhido, buscando informar você sobre sua história.

Leia, pense, reflita, pois um pouco de cultura não faz mal à ninguém.

Pensador mensal: Platão

O mito do caverna

Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.

A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.

Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.

Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.

Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.

Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ser ou não ser Deus, eis a questão. A religião ajuda?

- Você é cristã?
-Não
-Você é hinduista?
-Não
-Você é Judia?

-Não
-Você é muçulmana?

-Não
-Você é macumbeira?você é budista? você é ateísta?
-Não, não e hum, as vezes...
- Você ta mais pra monoteísta ou politeísta?
- Politeísta, não há unilateralismo no universo...
- Mas, você tem alguma ideia, do quer ser ou não o ser, superior?
- superior... não sei se há um "ser", provavelmente se trata de uma força se é que existe...
- Sei, estilo cosmos...
- Exacto, ou não
-Mas então,
eu acredito, que cada um é Deus de seu próprio mundo, mas não o é... ou seja, existe um Deus em cada pessoa, mas essa pessoa, não tem controle sobre ele, ele é que domina tudo a sua volta, aquilo que seja ruim, ou aquilo que seja bom, mas visando o que vem do individuo que possui o Deus... - Simplificando : cada pessoa governa o seu mundo, mas não tem controle sobre ele.
-Concordo, cada um tem suas escolhas que algumas controlam a vida, mas não totalmente, até porque, se cada um é Deus de sua própria vida, e as vidas se inter-relacionam, não há maneira de influenciar no "Destino" do outro.
- Exacto, cada pessoa vê o mundo da forma que lhe parece real, e busca essa realidade, mesmo que para isso aconteça as coisas "ruins". E como a vida é perfeita, mesmo que não a entendemos, acaba que as vidas se entrelaçam sem se destruírem.
-
Mas acho que tem uma força muito louca mesmo mano que governa essa bagaça... Governa não, apenas, influencia nas coisas.
- Hahahaha, mas então, acho que sou Antopocentrista...
- 2
-Então Ana, vamos fazer uma religião?Que só tem um mandamento: "
nunca terás uma concepção de verdade, nem ser-te-á de alguma entidade religiosa"
- Kkkkk, não né... sou a favor da liberdade religiosa...
- Pois então: "...
nem ser-te-á de alguma entidade religiosa", ou seja, seriamos uma religião onde não se pode ter seguidores.
-kkkkkkkk
- Eu sou totalmente contra a existência de religiões... cada um tem o direito-dever de buscar a sua própria verdade maior
-
Acho que as religiões dão ás pessoas caminhos pra seguir, você pode ser católico e não concordar.
- Sim, mas, a religião é apenas uma forma de organizar, péssima, mas não se tem outra maneira melhor.
-
É que nem todo mundo QUER ter suas próprias concepções, e essas pessoas devem ser respeitadas. acho que religiões são válidas, até o momento em que prejudicam a vida de alguém.
-
Mas como assim, não quer ter? Se ela adere a uma religião, ela quer alguma visão. É interessante que exista religiões, para que haja diferença de ideias
- M
as não a própria
- Se trata muito de comodismo
- Não sei se é comodismo...
acho que é mais uma forma de tirar um item da "lista de preocupações do cotidiano". A religião SERVE pra consolar as pessoas, para que elas se apoiem e não fraquejem.
- Eu entendi e concordo, mas ainda não é o ideal, infelizmente.
- É. Mas o ideal não existe felizmente. Se não, nós nem estaríamos discutindo isso agora.
- Não me refiro ao Deus ideal, mas a busca por ele. O ideal pra isso seria bom...
- Hum, seria. Sim, sim tens razão.
-As vezes, digo, em quase 90% das vezes não dá pra discutir religião com alguém que TENHA uma religião... o fundamentalismo...
- Sim! Isso é um problema...

Ana Terra de Leon - Letras Acinzentadas
Victor Anselmo - Letras Azuladas

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pense, logo exista

Ao longo dos tempos, passaram por este mundo várias mentes brilhantes, como físicos, matemáticos, filósofos, jornalistas, músicos, políticos, gurrilheiros e tudo mais. Buscando reconhecer as obras desses gênios, foi criado neste blog um espaço, que resgatará, pensamentos e pensadores ilustres que se perderam no tempo, ou que simplesmente não são valorizados e lembrados hoje em dia. Pois fique sabendo que se não fosse por muitos deles, a sociedade não estaria tão evoluída o quanto é hoje.

Em cada mês será selecionado um pensador e a cada semana serão abordados temas, como: um resumo da vida, grandes frases, trabalhos, teorias, mitos e até mesmo possíveis conspirações sobre o respectivo escolhido, buscando informar você sobre sua história.

Leia, pense, reflita, pois um pouco de cultura não faz mal à ninguém.

Pensador mensal: Platão

Platão foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.

"Uma vida não questionada não merece ser vivida."

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Da militância à presidência

Dilma Vana Rousseff, nascida em Belo Horizonte, é a 36° presidente do Brasil, filiada ao PT-Partido dos Trabalhadores. Foi apontada ministra-chefe da Casa civil durante o Governo do Presidente Lula, em junho de 2005, sendo a primeira mulher a ocupar a posição. Dilma candidatou-se à Presidência nas eleições de 2010, cujo resultado do segundo turno, no dia 31 de Outubro, garantiu-lhe o posto de primeira mulher presidente da história do país.

O que consta acima é um breve resumo de quem é a mais nova e importante figura deste país. Dilma lutou armada por um Brasil que acreditava em épocas ditatoriais, chegando a ser presa "conquistando" assim o status que tem hoje em dia, de ser uma terrorista, por opinião de alguns. Um fato curioso é que Dilma, nunca foi eleita nada antes da presidência, apesar de ter ocupados importantes cargos como Ministra de minas e energia e Ministra chefe da Casa civil.

Nos próximos 4 anos Dilma governará o país se nenhum fator extra ocorrer. Será que a primeira mulher no poder irá se sair bem? Só nos resta aguardar, aplaudir ou protestar.

Por Eron Nascimento

domingo, 31 de outubro de 2010

Artista da Semana

O Brasil é incrivelmente rico em questão musical, toda a nossa história é embalada pelas letras das canções. O mais incrível é o fato de que o Brasil faz questão de negar este passado musical.
O povo simplesmente se recusa a escutar bandas "antigas" que são realmente muito boas, principalmente as bandas "revolucionárias" dos anos 70, 80 e 90, além do sambainquestionavelmente importante para a formação da cultura atual. Nós resolvemos então, promover uma campanha: Durante a próxima semana passe a escutar bandas e cantores que fizeram sucesso, como Legião Urbana, Barão Vermelho, Gilberto Gil,Cazuza, Raul Seixas, Caetano Veloso, Tom Jobim, Os Mutantes, Paralamas do Sucesso, Titãs, Rita Lee, Elis Regina a lista é infinita! Queremos reviver este Brasilafogado na escuridão da ignorância do esquecimento!

Artista da semana: Gilberto Gil

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Violência Policial: uma ameaça à democracia

A violência policial é um fato – basta lembrar Carandiru, Candelária, Eldorado dos Carajás – não um caso isolado ou um “excesso” do exercício da profissão como querem fazer crer as corporações policiais e as autoridades ligadas ao sistema de justiça e segurança. E, em se tratando de um fato concreto, deve ser encarada como um grave problema a ser solucionado pela sociedade. Um grave problema porque a violência ilegítima praticada por agentes do Estado, que detêm o monopólio do uso da força, ameaça substancialmente as estruturas democráticas necessárias ao Estado de Direito.

A polícia representa o aparelho repressivo do Estado que tem sua atuação pautada no uso da violência legítima. É essa a característica principal que distingue o policial do marginal. Mas essa violência legítima está ancorada no modelo de “ordem sob a lei”, ou seja, a polícia tem a função de manter a ordem, prevenindo e reprimindo crimes, mas tem que atuar sob a lei, dentro dos padrões de respeito aos direitos fundamentais do cidadão – como direito à vida e à integridade física.

A ausência de respeito ao modelo de “ordem sob a lei” tem se perpetuado dentro da estrutura policial brasileira por razões diversas – como a falência dos modelos policiais, o descrédito nas instituições do sistema de justiça e segurança, a impunidade – mas principalmente por uma certa tolerância da própria sociedade com esse tipo de prática. Analisando o problema do ponto de vista sócio-político veremos que a violência policial tem raízes culturais muito antigas (desde a implantação do regime colonial e da ordem escravocrata), e que estas têm uma relação diretamente proporcional à ineficiência do Estado de punir, na maioria dos casos, as práticas criminosas dos agentes de segurança.

É difícil admitir, mas existe uma demanda dentro da sociedade para a prática da violência policial. É esta violência que serve à sociedade dentro de diversos aspectos e circunstâncias, mas especialmente no tocante à solução dos crimes contra o patrimônio e na repressão às classes perigosas. Por isso mesmo, a dificuldade do Estado no âmbito da segurança pública, no final do século XX, continua sendo o controle da violência legítima, do qual decorreria consequentemente a extinção do uso ilegítimo da força por parte dos organismos policiais.

A questão da democracia é, então, um ponto de extrema importância nesse debate. Isso porque a violência policial inevitavelmente gera as mais graves violações aos direitos humanos e à cidadania, que são elementos inerentes ao regime democrático. Alguns estudos, sobre a mesma temática da violência policial e do autoritarismo, desenvolvidos pelo cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, da Universidade de São Paulo, demonstram que as práticas policiais de natureza autoritária são práticas que têm acontecido independente do regime político. Isso se deve, segundo a análise de Pinheiro, a uma continuidade de práticas utilizadas no regime autoritário que a transição política não conseguiu extinguir, pelo fato dos governos de transição terem tratado os aparelhos policiais como organismos neutros nos quais a democracia política atacaria suas raízes autoritárias. Esta continuidade, entretanto, possibilitou a adequação de práticas autoritárias dentro de um governo democrático, gerando com isso a existência de um “regime de exceção paralelo”.

Para tentar se encontrar um caminho que ajuste os órgãos de segurança à realidade democrática, é importante, antes de tudo, que a sociedade descubra que tipo de polícia ela quer: uma polícia que respeite os direitos do cidadão, que exista para dar segurança e não para praticar a violência; ou uma polícia corrupta (que livra de flagrantes os filhos das classes abastadas) e arbitrária (que utiliza a tortura e o extermínio como métodos preferenciais de trabalho e que atingem na sua maioria as classes populares). Dentro disto, é preciso pensar nas formas de restringir as oportunidades da polícia utilizar a violência ilegítima, seja através do rígido controle de armamentos ou do limite do reconhecimento da legitimidade do uso da força a situações particulares. Finalmente, o que não se deve perder de vista dentro desta discussão é o risco que a tolerância à violência policial acarreta para a democracia. Sem uma polícia condizente com práticas democráticas e de respeito aos direitos fundamentais do cidadão vai existir sempre a ameaça de que o “regime de exceção paralelo” transforme-se num regime institucional.

Celma Tavares

Jornalista mestrada em Ciências Políticas na UFPE

sábado, 23 de outubro de 2010

Artista da Semana

O Brasil é incrivelmente rico em questão musical, toda a nossa história é embalada pelas letras das canções. O mais incrível é o fato de que o Brasil faz questão de negar este passado musical.
O povo simplesmente se recusa a escutar bandas "antigas" que são realmente muito boas, principalmente as bandas "revolucionárias" dos anos 70, 80 e 90, além do sambainquestionavelmente importante para a formação da cultura atual. Nós resolvemos então, promover uma campanha: Durante a próxima semana passe a escutar bandas e cantores que fizeram sucesso, como Legião Urbana, Barão Vermelho, Gilberto Gil,Cazuza, Raul Seixas, Caetano Veloso, Tom Jobim, Os Mutantes, Paralamas do Sucesso, Titãs, Rita Lee, Elis Regina a lista é infinita! Queremos reviver este Brasilafogado na escuridão da ignorância do esquecimento!

Artista da semana: Elis Regina

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O mundo e seus blocos

O NAFTA, ou North American Free Trade Agreement ( Tratado norte-americano de livre comercio). Este é o nome para as relações comerciais(e politicas) dos países da América do norte, sendo estes: USA, Canadá e México. Um dos principais motivos da criação desse bloco economico foi fazer frente à União Europeia, tendo em vista que essa tem alcançado um grande êxito no cenário mundial. Há um abismo de diferença entre os integrantes, sendo os Estados Unidos os mais ricos e poderosos dentre o mundo, o Canada apesar da ótima qualidade de vida e o do IDH considerável "bom", tem grande dependência Estadunidense, já o México, é muito mais miserável, detentor de grande mão de obra barata.
Os EUA, vieram a estabelecer mais acordos com o México, com desculpas sociais de investir em território mexicano e estes oferecem sedes dentro do país. Porém o estado imperialista visa produzir com baixos custos, de mão de obra e abastecer o seu próprio país, alem de aumentar a dependência dos outros países.
Aqui, muitos criticam essa posição, mas o Brasil, faz a mesma coisa com a
América do sul, com o Mercado Comum do sul, ou MERCOSUL.
Pelo fato do Brasil sair perdendo com a criação da ALCA, ele ainda não permitiu que esta fosse posta em prática na América. A ALCA seria uma área de livre comércio que englobaria todas Américas, mas como sempre favorecendo os interesses Estadunidenses, que monopolizaria a América, implantando multinacionais em países pobres com mão de obra barata.
Em um mundo onde tudo é feito pensando na economia e na política, deveriam olhar mais para as pessoas que sofrerão os impactos de uma vida industrializada.

Por Victor Anselmo e Eron Nascimento

sábado, 16 de outubro de 2010

Artista da Semana

O Brasil é incrivelmente rico em questão musical, toda a nossa história é embalada pelas letras das canções. O mais incrível é o fato de que o Brasil faz questão de negar este passado musical.
O povo simplesmente se recusa a escutar bandas "antigas" que são realmente muito boas, principalmente as bandas "revolucionárias" dos anos 70, 80 e 90, além do sambainquestionavelmente importante para a formação da cultura atual. Nós resolvemos então, promover uma campanha: Durante a próxima semana passe a escutar bandas e cantores que fizeram sucesso, como Legião Urbana, Barão Vermelho, Gilberto Gil,Cazuza, Raul Seixas, Caetano Veloso, Tom Jobim, Os Mutantes, Paralamas do Sucesso, Titãs, Rita Lee, Elis Regina a lista é infinita! Queremos reviver este Brasil afogado na escuridão da ignorância do esquecimento!

Artista da semana: Djavan


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Português e o Francês

- Por quê temos que estudar pra entender o que os gringos falam quando vem pra cá? E nós, se formos lá temos que faze-los nos entender?

-Nós já nascemos sabendo falar em português: ótimo. ao invés de eu me acomodar com uma só lingua eu posso aprender várias outras por que afinal todos nós somos do mesmo mundo, embora ele seja diferente pra cada um ele continua sendo um só.


-Enquanto voce pensa assim, os estrangeiros nos veem como inferiores, e nao nos deixam nem entrar em seu continente


-Mas eu não sou eles, azar o deles pensar que somos inferiores, só sabemos que não somos, apesar do sentimento de vira-lata do brasileiro, se continuarmos achando que eles acham isso e aquilo e vamos ir contra isso vamos ser como eles: presos em seu próprio mundo. acho que todos deveriam aprender várias culturas direito sem caricaturas.


-Ok, entao, cuide do de fora, que eu cuido do Brasil. Porque se depender do mundo, estamos perdidos. Procure ensinar portugues a um analfabeto brasileiro, do que encher seu ego estudando frances


-Eu posso fazer os dois, pq um só?


-Porque a vida é feita de escolhas, E fazer os dois juntos nao daria muito certo. Tente, se conseguir, parabens, voce venceu


-Mas poderia se alguem tentasse? Olha a discussão pelo francês, Exercendo democracia gostei disso


-Entao, no fim isso vai virar mais um post pro blog


Letras esverdeadas - Eron Nascimento

Letras Rosadas - Danielle Dornelles
Letras Azuladas: Victor Anselmo

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Estados Autoritarios. O Café com leite. Fiscalização Politica. Midia Solução. Voz do Brasil Televisiva

- Por isso fica complicado, o Brasil tem o poder muito centralizado e ao mesmo tempo espalhado é muito grande.

- Aqui no Brasil tem muitos contrastes.

- Exatamente.

- Tipo, na Bahia, ia mandar a família do ACM, aqui, ia ter uma mistura de família Amim com Bornausen(não sei escrever).

- Mas é isso, se aumentar o poder de cada estado a participação do povo aumenta pelo menos utopicamente.

- Depende do ponto de vista, enquanto um estado é do povo o outro pode ser uma ditadura.

- É não daria certo...

- Enquanto o Brasil não tiver um poder central solido, não pode ter um poder descentralizado.

- Aumentar a autonomia dos estados poderia ser bom, não é utopia.

- Vem do contexto histórico, republica café com leite, SP e MG no poder, o resto é que se foda.

- Sim sim.

- O sul teria mais autonomia, e tendenciaria a politica nacional.

- E o que vocês acham de, o poder máximo, Presidente, escolhe para cada estado um representante de sua confiança, totalmente o oposto de antes.

- Piorou.

- Com o Vargas era assim, e era uma ditadura...

- Ai fica difícil.


- Com Serra no poder, teríamos o Colombo aqui, dai ia fuder tudo, teríamos uma monarquia ligada pelos laços partidários.

- Mas pelas eleições,
se o lula, digo a Dilma, estiver lá, ele vai ta aqui, ai fudeu mais ainda. Briga de poderes.

- O negocio é:
reduzir o numero de deputados e vereadores.

- Sim, hoje são
70 deputados!!!!!!

- O negócio é a gente fiscalizar eles.

- Tipo, tinha que ser um por partido, cada partido tem suas ideias

- São muitos

- Outro problema é esse, são muitos partidos. UNIPARTIDARISMO! é brincadeira (Enquanto redijo, lembrei do exemplo da Suécia, onde votam na cor do partido, que são três, e as urnas não são digitais).

- Eureka! junto com um deputado deveria ir um representante popular, por região, esse sim fiscalizaria.

- Sim!

- Representante popular... o deputado não é um representante popular?

- Hoje em dia não.

- Mas ai, me diz: Vamos votar pra um representante? não ia dar certo, quantos iriam ser? quantos iam querer?


- Poderia ser um líder sindical, que represente a região não em forma desse voto burocrático.

- Lembra da aula de Geografia? Que JK afastou Brasília do povo? O jeito é trazer o poder ao povo, parece algo vago demais Eron, seria mais fácil desfazer o voto obrigatório, vota quem quer.

- Vago são vários caras de terno em Brasília sem fazer nada.

- Primeiro investir em educação e distribuir constituições, não é tão fácil conseguir uma.

- Dava também para, abrir um concurso publico para um "fiscal politico", dai seria realizada uma prova, com um bom salário (para chamar a atenção). Como qualquer orgão publico.

- Mas estudar estudar e estudar vale muito se for pra receber bem e não ter de fazer nada junto com o outro deputado.

- Dai entra em cena a policia politica, que são os caras que fiscalizam os fiscais.

- Ah, "ta bom
". E como fazer pra que esses não sejam outros "lobos"? daqui a pouco serão tantos quanto a população inteira dedicada ao "publico", um fiscaliza o outro, e um cega o outro. Não vejo sentido.

- O ideal seria a conscientização do povo todo, o povo todo fiscalizar mas tá dificil!! a midia poderia sr aliada nesta, mas a midia óbvio que não quer ser, pois melhor um povo alienado que faz o que ela manda e não contesta dando dinheiro e audiência a coisas fúteis e irreais...

- Como existe a propaganda eleitoral gratuita, existiria um programa obrigatório em todas as emissoras da TV aberta, que relataria pelo menos um dia de trabalho no congresso, porque aquela TV senado não serve pra nada mesmo, ninguém assiste.

- Você quer dizer,
como as 7 horas no radio?

- Isso, uma voz do Brasil televisiva.

- Você acha que daria certo?

- Já que a TV é bem mais poderosa, acho que sim. pelo menos o povo ficaria de olho aberto.

- Ó viu de novo? era Vargas...


Por entre este ponto, a conversa se tornou outra e outros assuntos... Ou seja, é capaz a sociedade se organizar para formar um poder fiscalizador, não seria mais simples, atrair o governo para próximo do povo? E o horário politico televisivo, não seria apenas mais uma forma entediante de produzir informação, Não seria adequado que existisse um pouco de humor nesses programas para atrair a atenção para a câmara, tal como faz o CQC?


Letras Azuladas - Victor Anselmo
Letras esverdeadas - Eron Nascimento
Letras Rosadas - Danielle Dornelles


domingo, 10 de outubro de 2010

Artista da Semana

O Brasil é incrivelmente rico em questão musical, toda a nossa história é embalada pelas letras das canções. O mais incrível é o fato de que o Brasil faz questão de negar este passado musical.

O povo simplesmente se recusa a escutar bandas "antigas" que são realmente muito boas, principalmente as bandas "revolucionárias" dos anos 70, 80 e 90, além do sambainquestionavelmente importante para a formação da cultura atual. Nós resolvemos então, promover uma campanha: Durante a próxima semana passe a escutar bandas e cantores que fizeram sucesso, como Legião Urbana, Barão Vermelho, Gilberto Gil,Cazuza, Raul Seixas, Caetano Veloso, Tom Jobim, Os Mutantes, Paralamas do Sucesso, Titãs, Rita Lee, Elis Regina a lista é infinita! Queremos reviver este Brasil afogado na escuridão da ignorância do esquecimento!


Artista da semana: Raul Seixas